domingo, 26 de setembro de 2010

21 anos sem Pedro Amorim Duarte


Pedro Amorim Duarte, filho de um rico comerciante e fazendeiro da cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia, só queria jogar futebol. Dono da bola nas peladas da Praça Nova do Congresso, era o artilheiro mais aplaudido pelos adultos e dividia seus sonhos entre ser profissional de futebol e médico. Por isso, não mentia a seu pai quando dizia que, um dia, se formaria em médico.

Transferido para Salvador, onde estudou no internato do Liceu Salesiano e no Colégio Ipiranga, logo ganhou uma vaga na seleção de novos. Depois aceitou jogar no Esporte Clube Bahia. Nos treinos, seus dribles desmoralizantes no zagueiro Gaia, foram retribuídos com um desleal pontapé. Pedro Amorim desmaiou e foi proibido pelo irmão de jogar futebol. Mas a paixão pela bola foi mais forte e, um ano depois de estrear no Bahia foi emprestado ao Botafogo de Salvador, onde começar a jogar na ponta direita. E foi nessa nova posição e nesse novo clube que despertou interesse do Fluminense do Rio de Janeiro.

O Fluminense vinha de um tri campeonato – 1936/37/38. Pedro Amorim sentiu dificuldades de se entrosar com seus novos companheiros, craques consagrados na seleção brasileira. Quando começou a mostrar seu verdadeiro futebol, sofreu uma entrada violenta do zagueiro Rubens do Madureira e ficou de fora da equipe por um bom tempo. No final do ano de 1941 retornou ao posto de titular e foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez.

Em 1946 foi um ano de ouro para Pedro Amorim. Foi super campeão carioca ao lado de Ademir Menezes, campeão brasileiro pela seleção carioca e, se formou em medicina. Formou em ataques considerados como excepcionais. Na seleção carioca – Pedro Amorim. Zizinho. Heleno. Ademir e Vévé. Na seleção brasileira – Pedro Amorim. Romeu. Leonidas. Tim e Patesco. Pedro Amorim faleceu no dia 25 de setembro de 1989 quando ele já se encontrava clinicando no sertão da Bahia.
revista placar

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